No dia 26 de fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil: um homem de 61 anos de idade morador de São Paulo e que havia voltado de uma viagem a Itália.

 

Desde que foi identificado pela primeira vez na China no final do ano passado, mais de 180 países relataram casos do coronavírus. Alguns países aumentaram as quarentenas, muitos fecharam suas escolas e comércios. Até o momento, existem relatos de mais de 870 mil pessoas infectadas com este vírus. Pesquisadores da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, desenvolveram um site para o acompanhamento em tempo real da propagação do coronavírus (em inglês, clique aqui).

 

Mas qual é a gravidade desta infecção viral? Um estudo recente estimou que a taxa de mortalidade pelo coronavírus é de 2,3% (cerca de 2 a 3 pessoas a cada 100 infectadas), o que é similar à mortalidade pela gripe comum. Embora ainda tenhamos poucas informações sobre este novo vírus, esta taxa é considerada relativamente baixa.

 

Há ainda boas notícias para as crianças. Poucas foram infectadas em todo o mundo e, de acordo com os primeiros relatos, as crianças parecem reagir melhor ao vírus do que a maioria dos adultos. De fato, dos nove bebês que contraíram o vírus na China, nenhum deles desenvolveu sintomas graves ou precisou de internação hospitalar.

 

Isso não quer dizer que o coronavírus não deva nos preocupar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) está em alerta porque esse vírus é novo, desconhecido e parece se espalhar rapidamente. Nós apenas não sabemos o suficiente e as autoridades de saúde pública querem ter cuidado até que se tenha mais conhecimento sobre o assunto.

 

Até o momento, o que se sabe é que este vírus tem período de incubação de cerca de 2 a 14 dias, o que permite que uma pessoa infectada possa permanecer muitos dias sem manifestar sintomas. Estes sintomas podem incluir febre, tosse, falta de ar e fadiga, que podem persistir por algumas semanas. Além disso, houve alguns relatos de casos de propagação do vírus por pessoas que não apresentavam sintomas.

 

Assim como qualquer outra infecção viral, incluindo gripes e resfriados, a melhor maneira de combater o coronavírus é a prevenção. As quatro recomendações básicas abaixo podem ajudar a prevenir infecções virais de maneira geral, incluindo o coronavírus:

 

1. Lavar as mãos com frequência é uma das maneiras mais eficazes de evitar infecções por vírus.  A maneira correta é lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Você pode usar álcool em gel para a higiene das mãos se a água não estiver disponível, mas verifique se o teor de álcool é de pelo menos 60%.

 

2. Os vírus podem sobreviver em superfícies por 24 horas. Portanto, limpe com frequência balcões, maçanetas, celulares, computadores e outros objetos que são constantemente tocados.

 

3. Se estiver doente, fique em casa. Esta recomendação serve não só para ajudar a conter a propagação do vírus, mas também para que você possa descansar e se recuperar. Contudo, caso você apresente pelo menos dois sintomas associados à síndrome respiratória (febre e mais um segundo sintoma, que pode ser tosse, dificuldade para respirar ou coriza, por exemplo) e tenha passado nos 14 dias anteriores por um dos países onde foram registrados casos da doença ou ter tido contato com pessoas suspeitas de ter o coronavírus, a recomendação é que procure um posto de saúde.

 

4. Por fim, mas não menos importante, mantenha uma boa nutrição. Vitaminas e minerais provenientes da dieta ou de suplementos alimentares podem fortalecer nosso sistema imunológico contra agentes infecciosos. Além disso, o mecanismo patológico das infecções virais, como a gripe comum, inclui a geração de radicais livres (espécies reativas de oxigênio) que podem danificar as células das vias respiratórias. Portanto, o consumo de níveis adequados de nutrientes antioxidantes que combatam estes radicais livres pode auxiliar na prevenção ou redução da gravidade dos efeitos adversos causados por estas infecções.

 

Alguns dos principais nutrientes anti-inflamatórios e antioxidantes com importante ação protetora contra infecções virais e seus sintomas são o zinco e as vitaminas C e D. Por exemplo, um estudo com 463 alunos de Santiago no Chile com idades entre 18 e 32 anos concluiu que a suplementação com vitamina C reduziu em 85% os sintomas de gripes e resfriados em comparação ao uso de medicamentos como analgésicos e descongestionantes. Da mesma forma, dois estudos clínicos com o total de 94 participantes demonstraram que a suplementação conjunta com 1 g de vitamina C e 10 mg de zinco por cinco dias foi eficaz em promover o alívio dos sintomas do resfriado. Além disso, uma análise de 82 estudos clínicos concluiu que a suplementação com vitamina C, D ou zinco pode prevenir ou reduzir de 8 a 33% a duração e a gravidade do resfriado comum.

 

O coronavírus está aqui, é uma infecção leve para a maioria das pessoas, mas que é capaz de infectar muitas pessoas.  Assim como outras infecções virais, sua gravidade é maior em idosos ou pessoas com problemas de saúde, como insuficiência cardíaca ou diabetes. A adoção de medidas de prevenção básicas pode protegê-lo não apenas contra o coronavírus, mas também contra resfriados, gripes e outras infecções indesejáveis.
 
 

 

Referências:
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Rondanelli M, Miccono A, Lamburghini S, Avanzato I, Riva A, Allegrini P, Faliva MA, Peroni G, Nichetti M, Perna S (2018). Self-Care for Common Colds: The Pivotal Role of Vitamin D, Vitamin C, Zinc, and Echinacea in Three Main Immune Interactive Clusters (Physical Barriers, Innate and Adaptive Immunity) Involved during an Episode of Common Colds-Practical Advice on Dosages and on the Time to Take These Nutrients/Botanicals in order to Prevent or Treat Common Colds. Evid Based Complement Alternat Med, 5813095.

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