A colina tem sido um nutriente negligenciado no cuidado com a saúde cognitiva, porém esse nutriente, teoricamente, poderia ajudar a prevenir o declínio cognitivo que ocorre mais tarde na vida, diz um proeminente fornecedor.
 

Muitos formuladores de suplementos alimentares procuram ajudar os consumidores mais idosos que estão preocupados com o declínio do desempenho cognitivo. Mas, talvez, a melhor oportunidade para evitar esse problema surja muito antes desse período da vida – na verdade, antes do nascimento.
 

Tom Druke, diretor de desenvolvimento da marca VitaCholine® para a Balchem Human Nutrition and Pharma, disse à NutraIngredients – EUA que a colina é conhecida há anos pelos profissionais de saúde como um nutriente vital. O ingrediente foi reconhecido por seu papel na saúde do fígado e, mais recentemente, demonstrou desempenhar, também, um papel fundamental no desenvolvimento adequado do sistema nervoso dos fetos.
 

AMA recomenda doses mais elevadas
 

No início de 2017, a American Medical Association (AMA) apoiou o aumento da dose de colina em todas as vitaminas pré-natais para 450 mg/dia, de acordo com uma resolução aprovada pelos delegados na Reunião Anual AMA de 2017 em Chicago.
 

“Níveis adequados de colina – um nutriente importante que ajuda no desenvolvimento adequado do cérebro e medula espinhal do bebê – são necessários para manter a gravidez normal, incluindo o desenvolvimento neural do feto e reduzindo a incidência de defeitos congênitos”, escreveu Sara Berg, professora do site de comunicações da AMA, AMA Wire, informando sobre a reunião anual da associação.
 

Em um estudo publicado em 2016 por pesquisadores da Universidade de Illinois, em Chicago, verificou-se que nenhuma das 25 principais multivitaminas pré-natais contêm a dose de colina indicada, com suporte científico, para mulheres grávidas (450 mg/dia). Essa dose recomendada foi estabelecida em 1998 pelo Instituto de Medicina, que reconheceu a colina – encontrada naturalmente em fígado de bovinos e frangos, gema de ovo, salmão, leite e soja – como um nutriente essencial.
 

Druke disse que o trabalho subsequente realizado, na Duke University, por Warren Meck, PhD, professor de psicologia e neurociência, mostrou os efeitos da suplementação e da deficiência de colina durante a gravidez.
 

“Usando animais como meio de estudo, o professor Meck demonstrou que o aumento da disponibilidade de colina levou à melhoria da comunicação neural e do desenvolvimento cerebral. Ao comparar os filhotes nascidos de gravidezes suplementadas com aqueles que foram gestados sem colina adicional, Meck mostrou desempenho cognitivo melhorado, particularmente relacionado à memória visuo-espacial (o tipo de memória que você usa para lembrar onde você estacionou seu carro) nos filhotes suplementados. Mais tarde, pesquisas conduzidas por Marie Caudill, da Universidade de Cornell, demonstraram benefícios semelhantes e adicionais para a suplementação de colina em mulheres grávidas “, disse Druke.
 

Druke continuou relatando que o trabalho realizado, na Universidade Cornell, por Marie Caudill, PhD, mostrou que os níveis pré-natais adequados de colina melhoraram a função da placenta e ajudaram a diminuir o risco de pré-eclâmpsia. Os níveis mais elevados de colina também foram associados a níveis mais baixos do hormônio do estresse cortisol.
 

Além disso, Druke disse que o trabalho de Caudill confirmou o que os estudos de Meck mostraram que os níveis de colina eram preditivos de um melhor desempenho cognitivo mais tarde na vida.
 

Níveis de colina melhoram desempenho futuro
 

“Dra. Caudill continuou acompanhando as crianças de seu grupo de estudo e achados adicionais foram muito positivos. Os testes cognitivos mostraram que os bebês das mães que receberam níveis mais altos de colina, processaram informações mais rapidamente e apresentaram melhor  memória visual do que os bebês nascidos numa gravidez de consumo padrão de colina. À medida que as crianças envelhecerem e passarem a frequentar a escola, a Dra. Caudill poderá, também, acompanhar seus progressos, já que testes contínuos sugerem que a colina pode ter um impacto positivo no desempenho acadêmico. Um estudo separado realizado pela Dra. Caroline Boeke, da Harvard School of Public Health, em 2013, mostrou que mesmo os aumentos modestos de colina durante a gravidez melhoraram o desempenho cognitivo por volta dos sete anos de idade “, disse Druke.
 

Segundo Druke, um estudo relatado em 2016 apontou que níveis mais altos de colina corresponderam a um melhor desempenho acadêmico entre adolescentes na Suécia, e outro estudo publicado na Nature em 2015 apresentou benefícios para outros aspectos da saúde cognitiva.
 

“Os adultos que receberam suplementos de bitartarato de colina e, em seguida, realizaram tarefas de “apontar e clicar” em computadores, mostraram um desempenho significativamente melhor e conseguiram fazer as compensações apropriadas otimizando o equilíbrio entre velocidade e precisão. Isso pode ter implicações muito mais amplas para a nutrição esportiva e outras tarefas visuomotoras que requerem uma boa coordenação mão-olho”, disse ele.
 

Druke, informou que os americanos são cronicamente deficientes em colina, pois até 90% deles não consomem dose suficiente desse nutriente e apenas 8% das mães grávidas estão recebendo a quantidade recomendada, embora o nutriente seja importante em todos os estágios da vida.
 

“À medida que envelhecemos, a disponibilidade de acetilcolina é reduzida, por isso é importante manter o bom estado de colina ao longo da vida”, disse ele.

 

Fonte: https://www.nutraingredients-usa.com/Article/2017/07/20/Essential-brain-health-nutrient-choline-flies-under-formulation-radar

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