Atualmente é comum a sensação de que as 24 horas do dia já não são suficientes para cumprir todas as atividades do nosso dia a dia, isso porque muitas pessoas estão cada vez mais atarefadas. Esse estilo de vida com rotinas agitadas podem prejudicar os processos fisiológicos do nosso organismo, e sabe qual é um dos principais afetados? O sono!

 

A importância do sono para a saúde humana vai muito além de promover o mero repouso físico. O sono é responsável pela manutenção do sistema imune, restauração da energia e consolidação da memória [1]. Recentemente, foi demonstrado que a associação da qualidade do sono com a saúde mental é muito mais forte do que com a saúde física [2].  Sua privação contribui para o comprometimento de funções fisiológicas e o aparecimento de doenças, principalmente aquelas ligadas à desregulação metabólica, como obesidade e diabetes tipo 2 [3], podendo acarretar também transtornos emocionais, como ansiedade e depressão [4, 5]. A recomendação diária de duração do sono para adultos é de sete a nove horas, sendo aceitável de seis a dez horas [6].

 

O sono é regulado diretamente pelo ciclo circadiano, relacionando-se e influenciando diretamente fatores como temperatura corporal, produção e secreção de hormônios, desempenho físico e cognitivo, comportamento alimentar, dentre outros [7]. Distúrbios no sono são um conjunto de condições que afetam a qualidade do sono de forma regular e resultam em um significativo comprometimento das atividades durante o período em que o indivíduo está acordado, como funções ocupacionais e sociais. Dentre os principais distúrbios do sono, a insônia é o mais prevalente, acredita-se que entre 10 e 40% da população mundial, em maioria as mulheres, sofrem com este problema [8, 9].

 

Maus hábitos alimentares, alta ingestão de cafeína, sedentarismo, estresse e exposição excessiva à luz de telas digitais são alguns dos fatores diários que modificam nosso ciclo de sono [1, 10-13]. A suplementação nutricional tem recebido destaque no que tange a melhora da qualidade de sono, sendo a melatonina o nutriente mais conhecido e consumido.

 

A melatonina é um hormônio e sua liberação ocorre no período da noite, induzida pela redução da exposição à luz, de acordo com o ciclo circadiano [14]. Os benefícios da suplementação de melatonina são amplos e clinicamente consolidados, visto que ela contribui para a melhora da qualidade do sono e do despertar matinal, na redução do tempo de latência para iniciar o sono e no aumento do tempo total de sono, sem relatos de efeitos colaterais [15-17].

 

Outro nutriente importante é o magnésio, que atua na regulação do humor e na promoção do relaxamento muscular, fatores importantes para o sono. A suplementação diária com esse mineral se mostrou eficiente no incremento do tempo e eficiência de sono, além de aumentar os níveis de melatonina no organismo, conforme observado em um estudo clínico conduzido em idosos com insônia [18]. 

 

Em paralelo, evidências clínicas mostram que a combinação de melatonina e magnésio é responsável por um efeito sinérgico diferencial para a qualidade e para o tempo total do sono, além de efeitos positivos na saúde emocional  [19, 20]. Dessa forma, a suplementação conjunta de magnésio e melatonina se mostra como uma excelente alternativa, eficaz, segura e acessível para melhorar a qualidade do sono.

 

Produzido por: Pietra Sacramento Prado, BSc e Denise Dias, MSc.

 

 

Referências

  1. Binks H., G E.V., Gupta C., Irwin C., et al. Nutrients. 2020;12(4).
  2. Clement-Carbonell V., Portilla-Tamarit I., Rubio-Aparicio M., Madrid-Valero J.J. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(2).
  3. Depner C.M., Stothard E.R., Wright K.P., Jr. Curr Diab Rep. 2014;14(7):507.
  4. Chance Nicholson W., Pfeiffer K. Nurs Clin North Am. 2021;56(2):229-247.
  5. Alvaro P.K., Roberts R.M., Harris J.K. Sleep. 2013;36(7):1059-1068.
  6. de Almondes K.M. Sociedade Brasileira de Psicologia.
  7. Montaruli A., Castelli L., Mule A., Scurati R., et al. Biomolecules. 2021;11(4).
  8. Suh S., Cho N., Zhang J. Curr Psychiatry Rep. 2018;20(9):69.
  9. Mai E., Buysse D.J. Sleep Med Clin. 2008;3(2):167-174.
  10. Tosini G., Ferguson I., Tsubota K. Mol Vis. 2016;22:61-72.
  11. Mead M.P., Baron K., Sorby M., Irish L.A. Int J Behav Med. 2019;26(5):562-568.
  12. Yang B., Wang Y., Cui F., Huang T., et al. Sleep Breath. 2018;22(4):1221-1231.
  13. Donskoy I., Loghmanee D. Med Sci (Basel). 2018;6(3).
  14. Tordjman S., Chokron S., Delorme R., Charrier A., et al. Curr Neuropharmacol. 2017;15(3):434-443.
  15. Lemoine P., Nir T., Laudon M., Zisapel N. J Sleep Res. 2007;16(4):372-380.
  16. Luthringer R., Muzet M., Zisapel N., Staner L. Int Clin Psychopharmacol. 2009;24(5):239-249.
  17. Wade A.G., Ford I., Crawford G., McMahon A.D., et al. Curr Med Res Opin. 2007;23(10):2597-2605.
  18. Abbasi B., Kimiagar M., Sadeghniiat K., Shirazi M.M., et al. J Res Med Sci. 2012;17(12):1161-1169.
  19. Rondanelli M., Opizzi A., Monteferrario F., Antoniello N., et al. J Am Geriatr Soc. 2011;59(1):82-90.
  20. Alizadeh M., Karandish M., Asghari Jafarabadi M., Heidari L., et al. Nutr Metab (Lond). 2021;18(1):57.

Disclaimer

O conteúdo do site não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Todas as informações são baseadas em evidências científicas, porém fornecidas apenas para fins informativos e com o objetivo de exercer uma comunicação business-to-business (B2B).

Disclaimer

The content of the website is not intended to diagnose, treat, cure or prevent any disease. All information is based on scientific evidence but provided for informational purposes only and with the aim of exercising business-to-business (B2B) communication.

Disclaimer

El contenido del sitio web no está destinado a diagnosticar, tratar, curar o prevenir ninguna enfermedad. Toda la información se basa en evidencia científica, pero se proporciona solo con fines informativos y con el objetivo de ejercer la comunicación de empresa a empresa.